A zootecnista Nádia Marangon em visita ao Assentamento Pasto do Planalto, juntamente com membros do Instituo Socioambiental da Noroeste Paulista (ISANOP), conversou sobre a importância da compostagem orgânica e produção de alimentos livres de agrotóxicos.
Eles ressaltaram a burocracia enfrentada para conseguir a certificação de produtos orgânicos, de todas as exigências legais para receber o selo verde e destacaram o problema enfrentado no dia a dia, pois o assentamento é cercado por produtores de laranja e de cana – que pulverizam as plantações dia e noite com veneno, inclusive de avião.
Todos temem que o vento traga os agrotóxicos utilizados pelos vizinhos, e contamine o plantio de alimentos do assentamento, assim como as águas do lençol freático e as pessoas que ali moram.
Nádia, alertou que no Brasil, são utilizados agrotóxicos que são proibidos na maior parte do mundo, há muito tempo. Esses venenos matam qualquer tipo de vida, acabando com os predadores naturais (controle natural: como no caso da cochonilhas).
Em função dessas pulverizações feitas na cana e na laranja pelos vizinhos, as abelhas já são raras no assentamento, e até mesmo passarinhos estão morrendo com o veneno utilizado na monocultura de laranja e cana.
Dilza nos contou que tem pouco mais de quarenta anos, e passou a usar agora 4 medicamentos para o controle de pressão (diários), coisa que sua mãe, com quase 70 anos não precisa usar. Ela desconfia que esses venenos já estejam atacando seu organismo.
Na foto acima, Nádia analisa junto com Luiz e Dilza, um tipo de produto biológico para o controle de nematóides, além de algumas sementes encontradas no mercado da região.
Já passou o tempo do desenvolvimento a qualquer custo – a natureza está saturada de tanta exploração e todos somos responsáveis pelo futuro dos seres vivos neste planeta. Um novo modelo de produção precisa ser implantado, urgente – para que a vida seja assegurada – um modelo sustentável, de equilíbrio, com um ponto de vista de preservação ambiental, em que o consumismo seja coisa de um passado que ninguém quer relembrar.
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