quinta-feira, 23 de junho de 2011

Professores indígenas discutem participação no Proac




Cassio, Tiago, Clemilson, Clélia, Creiles,
Patrícia, Priscila e Gleidson
Professores da Escola Indígena Nimuendaju
Avaí - SP
Algumas propostas foram discutidas ontem (22/06/2011) entre os professores da Escola Indígena da Aldeia Nimuendaju e membros do Isanop (Cassio e Rejane), com a finalidade do envio de projetos ao ProAc da Secretaria de Estado da Cultura (SP).
Em primeiro lugar, foram levantadas as necessidades atuais da comunidade, em termos de preservação da cultura. Nos foi colocado o nível de envolvimento e participação no projeto anterior (construção da Casa de Apresentações e readequações na ponte sobreo rio Araribá - também do Proac).
Os professores afirmaram que foi super positiva a participação da comunidade, que se revesou nas obras do projeto Moatyrõ, elaborado pela comunidade e apresentada pelo então cacique Claudino Marcolino. No mais, alguns ítens foram apontados e discutidos como necessidade, uma vez que as ativiades já existem, mas precisam de um suporte para seu melhor desenvolivmento, tais como: (clique no link abaixo: "minhas postagens")
1) o artesanato e todas as atividades operacionais que envolvam a cultura tradicional Guarani nhandwa
2) um espaço para apresentação de filmes e videos - fora da escola indígena
3) um espaço para guarda de documentação da comunidade: fotografias, livros, textos
4) necessidade de intercãmbio cultural com outras aldeias da mesma etnia, especialmente para a prática do idioma, assim como com finalidade da prática da religião tradicional Guarani.
5) necessidade da gravação de um CD, com a finalidade do registro dos cânticos tradcionais que estão surgindo entre os mais jovens
6) necessidade de um espaço para a comunidade, com um computador, impressora e acesso a internet - também fora da escola.
Quanto ao  ítem (gravação de um CD), foi colocado pelos professores indígenas, a confusão que os não indígenas fazem para distinguir música de cântico, pois o que os Guarani fazem, não é música - par ser ouvida em qualquer lugar e de qualquer forma: são expressões da religiosidade mais profunda da etnia. o que se propõe a gravar são cânticos inspirados nas rezas tradicionais e não as rezas propriamente ditas. Discutimos sobre direitos autorais indígenas - que são direitos autorais coletivos, que serve como mais um instrumento de preservação da cultura, e de sua difusão de uma maneira inadequada fora da aldeia.
Dessa forma, lemos em conjunto o edital do Proac 2011, e vimos a melhor forma da adequação das atividades já realizadas na comunidade e que necessitam de mais estímulo para seu desenvolvimento e definimos uma data para uma próxima reunião para que possamos juntar todos os dados exigidos pelo edital para que anexemos aos três projetos que serão enviados pelos profesores indígenas ao Proac.


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